quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Aumenta o número de Angolanos que recorrem aos Bancos

25.10.12
Fonte: Adaptação de Filipe Cardoso/Revista Exame Angola


Já é um facto, a mentalidade tradicional que ainda pairava na mente de muitos angolanos de que o melhor lugar seguro para se guardar os fundos financeiros "é em casa ou em latas", esta a mudar, conforme ilustra o
estudo divulgo pelo Banco Mundial (B.M) através da sua agência financeira "Global Financial Inclusion", estudo realizado em mais de 148 países.

Conforme publicou a Revista Exame (2012), um facto interessante é que enquanto na maior parte dos países do mundo as mulheres têm taxas de bancarização inferiores às dos homens (por exemplo, na África Subsariana, os homens estão cinco pontos percentuais acima), em Angola os valores são iguais. A desproporção já é maior ao nível das assimetrias regionais. Enquanto a população urbana angolana tem uma taxa de 57%, a rural é de 34%. Quanto à forma de acesso verifica-se que o caixa da agência bancária é o principal meio de depósito. É utilizado por 80% dos que têm conta, ao passo que apenas 8% usam os terminais Multicaixa para depósitos. Nos levantamentos, o cenário inverte-se: 49% usam as caixas automáticas e 38% vão ao balcão.


No que diz respeito ao crédito, 33% pediram dinheiro emprestado no ano passado. A maior parte (26%) socorreu-se da família ou amigos, 8% foram ao banco; 6% solicitaram apoio à empresa; 5% obtiveram-no junto de outra instituição; e outros 5% compraram a prestações numa loja comercial. O cartão de crédito, por sua vez, foi usado por 15% dos entrevistados, enquanto 15% afirmaram possuir um cartão de débito (Multicaixa). Para efectuar pagamentos concluiu-se que 17% usam meios electrónicos e 15% preferem os cheques (o valor quase que duplica quando o universo se limita à população urbana). Outros dados interessantes são que 37% confessaram ter feito algum tipo de poupança no ano passado, enquanto 16% colocaram essa poupança no banco. O motivo principal foi para fazer face a futuras despesas (26%) seguindo-se a reserva para emergências (20%). 



A região da África Subsariana protagoniza uma das grandes surpresas deste estudo ao reportar que 16% dos adultos utilizaram o dinheiro electrónico para pagar contas ou fazer transferências bancárias. Mais uma uma prova de que o continente está cada vez mais ligado e que adere rapidamente às novas tecnologias, um facto que é notório em Angola.