A última crise económica e financeira que a
Economia Mundial registou com a sua génese nos Estados Unidos, acabou por
despoletar uma série de consequências para as economias do Continente Europeu e
Americano como: elevadas taxas de desemprego, encerramento de grande parte das
indústrias e empresas, redução do consumo tendo essas economias registado
desaceleração e recessão nunca antes alcançados.
O impacto não teve a mesma incidência nas
economias dos países asiáticos.
Enquanto o Japão encontrava –se em
dificuldades de recuperar a sua economia, a China dentro da sua visão
estratégica e competitiva a médio e longo prazo criava as bases para a sua instalação
no continente Africano, um mercado com maiores oportunidades quando comparadas com as económicas da Europa e América, aonde o
consumo registava alguma retração fruto da crise e escassez de capital e
rendimento.
Destarte, a China passa a ser o maior
exportador para países da África Norte Centro e Sul, visto que a demanda por
matérias primas, produtos tecnológicos, bens de consumo, etc.. é escassa e
tendo em atenção que grande parte destes países têm os seus sectores primários
e secundários deficientes e em muitos dos casos em plena recuperação. Outrossim,
foi o facto da China efectuar abertura de linhas de financiamentos para países
africanos sem muita burocracia, o que tornou mais fácil a circulação de capital
para as economias africanas e permitiu também assumpção de um comprometimento
muito forte com a economia chinesa, pelo facto de ser o principal financiador
destas economias em franco desenvolvimento.
Grande parte das contrapartidas destes
créditos foi a transferência de principais matérias primas e commodities dos
países africanos para China como o caso do: petróleo, diamante, gás, ouro,
prata e outros mineiros preciosos.
A China torna –se um dos grandes importadores
dos países africanos e principal fornecedor das economias desenvolvidas, aonde
grande parte das matérias primas dos países africanos passam pela China como um
canal intermédio devido a forte capacidade da sua indústria em transformar
matérias primas em produtos acabados e escoa-los para outros mercados (europeu
e americano).
Os Estados Unidos da América (EUA)
apercebendo –se da visão a longo prazo da economia chinesa, que é tornar –se a
principal economia mundial até 2025 e o principal fornecedor de bens e serviços
para a Economia Mundial, realizou a cimeira (5 e 6 de Agosto em Washington) com
grande parte dos países Africanos, queremos aqui nos referir, os grandes
produtores de matéria prima, commodities
e principais consumidores de produtos acabados.
No sentido de dirimir o erro cometido,
recuperar grande parte das relações bilaterais e multilaterais que acabaram por
ficar adormecidas fruto dos problemas internos com que se deparam grande parte
dos países africanos, motivos que têm servido de entrave para a intensificação
da economia norte americana em África, factores estes, que não são muito
relevantes para a China, quando o assunto se trata de negócios.
O que é verídico e ponto assente é que, a Economia
de Obama muito terá que fazer para
poder recuperar esta grande fatia do bolo que se encontra agora sobre o domínio
da China, caso assim não aconteça, embora foram realizadas promessas para o
continente africano como linhas de financiamentos, aumento das relações e
trocas comerciais com África, o continente africano ficará durante um bom
período de tempo dependente da China, que prossegue assim com o seu plano de
dominar económica e financeiramente a África, depois a Europa com a compra de
grande parte da dívida soberana e culminando com a compra da dívida soberana americana.
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